Avaliação por valor contábil
A avaliação por valor contábil é uma visão "patrimonialista", ou seja, baseada no custo de aquisição dos ativos. Porém a aquisição dos ativos é decisão "passada", e não influi sobre o fluxo de caixa futuro da empresa. A evolução da ciência financeira nos leva a considerar os fluxos de caixa trazidos a valor presente (FCD), como uma medida mais precisa para avaliar um negócio.
A avaliação pelo valor contábil - que normalmente é o primeiro número que nos vêm à cabeça - é válida quando o ROE (Retorno sobre o PL) esperado da empresa é igual a taxa de desconto (K), exigida pelo acionista.
O motivo é que o preço de uma empresa depende enormemente de quanto queremos de retorno sobre o investimento - e portanto - se exigimos uma taxa de retorno mais alta que o ROE, a empresa vale menos, e vice-versa.
Outras questões envolvidas na avaliação pelo Patrimônio Líquido (ou contábil) são - por exemplo - ativos que não estão contabilizados a valor de mercado, e uma reavaliação dos ativos poderia alterar o múltiplo; capital intelectual também é algo que o Patrimônio Líquido não reflete; bem como uma carteira de Clientes.
Lembre-se que o comprador compra um negócio, e não máquinas, equipamentos, galpões.
É mais fácil perceber isso quando tratamos por exemplo de empresas de software, que tem pouco ou quase nenhum ativo.